sexta-feira, 27 de agosto de 2021

sexta-feira, 30 de julho de 2021

domingo, 11 de julho de 2021

segunda-feira, 31 de maio de 2021

Que País É Esse?

 Foto: Em meio a ordenados astronômicos a miséria campeia na foto da Revista ISTOÉ  e Pixabay

O conflito diplomático envolvendo o Brasil e a França que ficou conhecido como Guerra da Lagosta em 1962, dizem que Charles de Gaulle teria dito que “O Brasil não é um país sério.” Continua não sendo. O diplomata brasileiro Carlos Alves de Souza Filho, tentou dizer que a autoria da frase, teria sido sua para amenizar o conflito. Não deu certo.                                                                        

Em passado recente Cazuza, gravou a música: “Que país é esse?”. Rosecler Abreu esclareceu que essa música, “poucos sabem, foi escrita em 1978 (durante a ditadura), porém só foi gravada em 1987 com a Legião Urbana. Hoje, em pleno 2021, pergunto: “Que país é esse que vira piada no exterior”. Giseliariel Miranda, “esse parece até nosso hino nacional. Que irônico!”. “Nas favelas do senado/Sujeira para todo lado/Ninguém respeita a Constituição/Mas todos acreditam no futuro da nação/ Que país é esse.  No Amazonas no Araguaia/ Na baixada fluminense/ Em Mato Grosso e nas gerais/ E no Nordeste tudo em paz/ Que país é esse. Na morte eu descanso/ Mas o sangue anda solto/ Manchando os papéis/ Documentos fiéis/ Ao descanso do patrão/ Que país é esse. Terceiro mundo”.  Mais o Brasil independe da sujeira, continuará crescendo limpando os que se locupletam das posições de vantagens que ocupam.                                                                                         

O Brasil tem solo fértil e sol o ano todo, clima favorável para o agronegócio, salvo algumas estiagens. Safra, safrinha e entressafra apoiadas por tecnologias agronômicas de sucesso alavancam este segmento. A Europa tem procurado a autossuficiência na produção de alimentos, diminuindo a dependência do continente. No entanto, temperaturas extremas sempre interferem de acordo com o Serviço de Mudança Climática do Copernicus.                            

O Brasil está entre os onze maiores produtores de alimentos do mundo segundo o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) perdendo apenas para os Estados Unidos e a China. Mesmo assim, existe fome em ambos os países.               

Quanto à saúde, está em voga citar o SUS, Sistema Único de Saúde, que poucos países privilegiam. Com tudo, a população carente pena nas longas filas e difícil atendimento. Na política a “ilha da fantasia da Câmara “autoriza, aumento de 170 % para auxílio a saúde. Enquanto isso, educação, ciência e cultura penam em suas salas de aula.

Alguns políticos se apropriaram da Covide-19 para voltar à mídia mais não divulgam que 60.000.000 de brasileiros, já foram imunizados deixando o Brasil em quarto lugar no processo de vacinação, só perdendo para os EUA, China e Índia.

No dia 21 de maio passado, um médico entrevistado, esclareceu que as vacinas não têm imunidade de 100%, apesar da importância do processo. Outro fato inédito para mim é a diminuição da eficácia à proporção que envelhecemos.

Que país é esse, que você tem que levar uma pessoa para fotografar o momento da vacina para assegurar a validade do ato de vacinação.

Que pais é esse com uma Carta Constitucional assegurando em seu artigo 2º os três poderes, mas também posteriormente define composições, funções e prerrogativas. “São poderes da união, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário”. “A separação dos poderes, portanto, é uma forma de descentralizar o poder e evitar abusos”. (Separar os poderes?).

Por fim, já pensamos nas eleições de 2022. Existe uma constante preocupação em retrocesso político se os brasileiros não encontrarem uma terceira opção de voto. A busca pelo candidato honesto que volte a dignificar o cargo, que faça respeitarem o poder Executivo, que pense no povo e não na politicagem constante e individual que muitos tentam se aproveitar.

Viva o Brasil, só Deus para nos indicar o caminho.

                                                                     

                                                                            

 

          

sábado, 15 de maio de 2021

quarta-feira, 12 de maio de 2021

Gil Mário e sua contribuição vanguardista



O artista plástico Gil Mário (na foto de Ribeiro Rvd, com Ligia Motta), que completa 45 anos de artes visuais, expôs "Florestabilidade" na Galeria Jenner Augusto, em Aracaju, Sergipe, entre maio e junho de 2014, com curadoria de Lígia Motta.

No programa distribuído no vernissage consta o artigo "A Arte do Sertão", assinado por Dimas Oliveira e Thatiana Miloso, originalmente publicado na revista "Estilo Damha", edição de agosto e setembro de 2013. A revista é editada em São Paulo e de circulação nacional - 20 mil exemplares auditados - dirigida.

A Arte do Sertão

Feira de Santana se rende às linhas e cores de Gil Mário, artista plástico que levou sua arte às ruas da cidade Caminhar pelas ruas de Feira de Santana (BA) pode revelar surpresas que vão além das percepções habituais provocadas pelos grandes centros urbanos. A cidade, que é a maior do interior nordestino em população, tem tudo o que se espera de um município com pouco mais de meio milhão de habitantes: arranha-céus, vida noturna agitada, universidades importantes, indústrias e comércio pujante. Mas a "Princesa do Sertão", como é carinhosamente chamada por seus moradores, também surpreende por sua vocação para a arte, estampada em cores, linhas e formas que embelezam a paisagem do semiárido baiano. Um dos que contribuem para esse ar vanguardista de Feira de Santana é Gil Mário, artista plástico nascido em Salvador que há mais de 50 anos se dedica à profissão. Suas telas e esculturas carregadas de manifestações surrealistas, e famosas por expressarem sua paixão pela flora e fauna do semiárido nordestino, tornaram-se objetos de desejo dos cidadãos feirenses aficionados por arte. Mas sua obra não se restringiu às barreiras físicas comuns da produção artística. Presença garantida em casas, prédios e galerias da cidade, o trabalho de Gil atingiu uma nova dimensão ao extrapolar os espaços internos para ganhar as ruas da cidade. Os que circulam pela Avenida Presidente Dutra sabem bem o que isso significa. Sobre a rotatória da Praça Jackson do Amaury, na região central de Feira de Santana, um enorme monumento projetado pelo artista confere um pós-modernismo à paisagem, mesclando o design futurista da estrutura metálica à opulência do concreto armado. Representando, respectivamente, a carroceria e a cabine de um caminhão, as duas peças se integram para formar o "Monumento ao Caminhoneiro", obra construída em 2007 para homenagear os milhares de motoristas que cruzam as estradas baianas levando o progresso para o Estado e para o Brasil. A poucos quilômetros dali, novamente a paisagem semiárida é ofuscada pela arte. Desta vez, uma escultura em homenagem à poetisa Georgina Erismann salta aos olhos de quem circula pela Avenida João Durval Carneiro. Na forma de duas asas alçando voo, a obra expressa a liberdade criativa da célebre poetisa feirense, no momento da criação do hino de Feira de Santana. A autoria da obra? Gil Mário, que prefere atribuir à cidade o mérito pela devoção à arte: "Feira de Santana ainda tem rasgos de memória e retribui aos seus benfeitores, dando exemplo para as futuras gerações". Palavras humildes, para quem tem talento de sobra.


Por Dimas Oliveira, jornalista e crítico de arte

Publicado no facebook em 03/05/2021


quinta-feira, 11 de março de 2021

quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Faleceu a critica de arte Matilde Matos

Foto: A Bahia reverência a mais festejada crítica de arte neste século

Faleceu ontem, dia 17, em Salvador, onde morava há muitos anos, a mais festejada critica de arte da Bahia, Matilde Matos. Sua relação com Feira de Santana é duradora, resultado de sua formação intelectual e formal adquirida na vivência do Colégio Santanópolis, desde sua fundação em 1933.

Matilde, uma das estudantes destacadas na área cultural, mudou-se para Salvador onde escrevia para vários jornais locais, divulgando os principais movimentos artísticos e culturais da Bahia e do mundo.

Sua estreita relação com Feira de Santana continuava, quando ela mantinha constante divulgação dos artistas feirenses, promovendo e os incluindo nos movimentos culturais que liderava com a categoria e respeito alcançado nos meios artísticos.

Em Salvador dirigia a escola de inglês EBEC, localizada no Canela, com filial no bairro da Pituba, onde o espaço era aproveitado para promover várias exposições coletivas e individuais.

Os artistas baianos viviam cortejando sua amizade para obter um espaço entre os escolhidos. E assim foi a longeva vida de uma amiga de minha mãe Maria Cristina, que viveu quase um século a serviço da cultura deixando um legado da evolução nas artes visuais deste fértil período de sua convivência na terra.

A vida é um pequeno espaço para quem produz tanto em prol da coletividade enaltecendo terceiros, sem interesse próprio deixando um legado inestimável de nomes formados a partir do privilegio nato para pinçar os selecionados para o efêmero sucesso das artes em geral. Como escritora destaco o livro, quase um dicionário das artes, “50 anos de Artes na Bahia – Matilde Matos’’. Na edição, feirenses como Raimundo Oliveira, César Romero, Washington Falcão, Gil Mário, Juraci Dórea e Caetano Dias.

Segundo Henri Bergsun em linhas gerais, bem como com sua teoria implícita sobre a educação e com a educadora, mulher, desempenhando, com seu feeling, um papel diferenciado nesse processo voltado para a intuição como um dos principais meios cognitivos. Desta forma, seguiu as ondas da vida ate o apagar da luz, Viva Matilde Matos!

Por Gil Mário, publicado no Jornal Folha do Estado em 20/01/2021

 

quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

Racismo, uma diferença



Foto: Grilhões da escravatura 

Para descrever através da escrita tema tão polêmico e contraditório, parto do principio que na face da terra “existe uma única raça: a humana”.
O escravismo e o racismo nada têm em comum. “As razões porque se adotou o regime de trabalho escravo foram de origem econômica e, repousaram basicamente no custo da empresa colonizadora.” O racismo é uma questão de intolerância humana, segundo José Augusto Conceição.
Interessa-nos, especialmente, como afirmei antes, ressaltar a diferença entre racismo e escravidão. Nas Américas predomina o escravo de cor preta decorrente dos navios negreiros originados da África. Racismo é denominar os habitantes da América do Norte, Central e do Sul de latinos e hispânicos, pejorativamente, depreciando os imigrantes, amarelos de asiáticos e brasileiros de pardos (sua maior população).
Escravos já existiam desde antigas civilizações, quanto a Suméria, Chineses da Dinastia Han, e o Império Romano. Portanto, não é uma invenção de brasileiros. No Brasil, a extinção da escravatura culminou com a “assinatura da lei Áurea, em 13 de maio de 1888 decretando o fim do direito de propriedade de uma pessoa sobre outra”. Não somos os últimos escravocratas como divulgam: na Nigéria extinguiu-se em 1930, na Arábia Saudita em 1962, na Mauritânia em 1980, entre outros como Camboja, Paquistão, Índia, China, Etiópia, Rússia, Tailândia, Congo, Mianmar e Bangladesh. Quanto à cor negra, não é identidade de escravo, as expansões do Império Romano, por exemplo, renderam espólios de guerras com a captura de povos Celtas, Germânicos, Trácios, Eslavos, Cartaginenses e Etíopes com características da pele branca olhos azuis e cabelos loiros. Desta forma, escravidão não implica na cor da pele e sim, gera uma controvérsia que sociologicamente é revisto e do qual a genética também inicia uma revisão. A recompensa de cotas para ingressar em universidades ou empregos desmerece a inteligência dos iguais. Com isso, estou a afirmar que não é mais o racismo o que obliterar a mobilidade social ascendente das populações negras. O racismo é sim, um problema que persiste no âmbito do imaginário social brasileiro exigindo, pois, instrumentos psicossociais para seu enfrentamento.
O “Poeta dos Escravos”, Antônio Frederico Castro Alves no século XIX, era conhecido como abolicionista destacando em suas poesias a miséria do degredo. “Ontem simples, fortes, bravos.// Hoje míseros escravos,// Sem luz, sem ar, sem razão... // São mulheres desgraçadas, // Como Agar o foi também. Que sedentas, alquebradas,// De longe vêm...// Trazendo com tíbios passos // Filhos e algemas nos braços,”.
Um exemplo de racismo religioso, geográfico e fanatismo perverso mata Samuel Paty, de 47 anos, que ensinava geografia e história em escola no subúrbio de Paris. Segundo o jornal Le Monde o professor foi decapitado em reação a liberdade de comentar sobre críticas da revista satírica Charlie Hebdo sobre o profeta Maomé.
A intolerância racial chega com frequência aos campos de futebol e a agressão física muitas vezes a todas as fronteiras. Vamos concluir com as esperanças do monsenhor Gaspar Sadoc: “Senhor da Vida e autor da luz, eterna fonte e eterna força; uma nova aurora já está prenunciando um novo mundo, para, na justiça e na paz, realizar-se a civilização do amor.”