sábado, 29 de dezembro de 2012

Dona Canô e a Galeria de Arte Carlo Barbosa


                                                           Lígia Motta e Dona Canô Veloso
                                          

Nesta terça-feira, dia 25, o Brasil recebeu a noticia do falecimento da Comendadeira Claudionor Veloso – Dona Canô, a mais ilustre moradora da cidade de Santo Amaro da Purificação, aos 105 anos.  Em seguida recebi um telefonema do “Embaixador” daquelas terras, o jornalista Paulo Norberto, comunicando que era desejo da família Veloso, despedir-se da matriarca Dona Canô, devota fiel da Virgem Puríssima da Purificação, no espaço do Museu Galeria Caetano Veloso.
Neste momento percebi a importância que o Museu Galeria de Arte representava para a família Veloso e fiquei orgulhoso de ter participado efetivamente da criação, inclusive sugerindo o nome já que estava antecipadamente estabelecido: o Solar do Biju, local totalmente adequado para esta implantação, pela sua vanguarda política cultural inclusive na luta pela independência da Bahia e do Brasil.
Há 44 anos atrás, no Solar do Biju, funcionou o Bar Caranguejo, onde Caetano Veloso comemorou seu primeiro sucesso nos grandes festivais da música popular brasileira, com a canção “Alegria, Alegria”.
Por descaso, esta Galeria não pode desaparecer, pois se incorporou a grande história desta cidade de lutas e vitorias. Foi em 1998, a data da sua inauguração, administrada pelo Centro Universitário de Cultura e Arte, momento da gestão da professora Yvone Mattos Cerqueira, que elevou o nome do Cuca, acima de todas as instituições do gênero na cidade. Até no Distrito Federal, em Brasília, foi noticia a importante exposição da Coleção Inglesa do Cuca, exposta por empréstimo ao Centro Cultural Banco do Brasil. Infelizmente este trabalho não sofreu continuidade.
Mas, o foco desta matéria é a líder de uma comunidade reverenciada por Governadores de Estado, Ministros e Presidentes da República, que ao passarem pela Bahia, faziam questão de visitar a matriarca da família Veloso, uma líder inconteste por não visar cargos ou poder efêmeros por qualquer tipo de pressão. Liderava pelos benefícios filantrópicos participados com afinco e fé no ser humano. A busca por cargos públicos e a gloria pelo poder da imposição de vontade pessoal não eram suas ferramentas de trabalho. Sua liderança era espontânea, alimentada pela energia das necessidades do povo e de sua cidade.
A aparente fragilidade física registrada a primeira vista, logo era percebível a força intelectual de quem sabia das necessidades impostas pela vida aos menos privilegiados, e sabia como ninguém a importância da liberdade assistida. Com isto, conduziu ao mundo filhos ilustres como Caetano Veloso, Maria Betânia, entre os demais
Neste momento presto minhas sinceras homenagens também a cidade de Santo Amaro da Purificação por ter o privilegio de ser liderado por uma figura impar no cenário nacional e tenho certeza que todos lá estão agradecidos pelos ensinamentos de vida legados aos que ficaram.
Publicado no Jornal Folha do Estado, em 29/12/2012

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Alguns trabalhos que fizeram parte da apresentação visual no dia 14/12/2012, momento da defesa da tese: "Provocação a um ser vivo" de Gil Mário no curso de "Especialização em Artes Visuais:Cultura e Criação" pelo Senac/Ba.

                               Reação da natureza 
                                Proteção Indesejável 
           A invasão do dióxido de carbono
                            Queimadas

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Vegetação Nordestina XXXVI, ast, 100 x100 cm, 2012

domingo, 16 de setembro de 2012

terça-feira, 22 de maio de 2012

Arte Solidaria para Crianças com Câncer


Foto: "Flores", tela doada pelo artista Gil Mario para o leilão do GACC

Solidariedade para salvar vidas de crianças com câncer. Esta é a ação social colocada em prática pela Câmara Municipal de Salvador, que fará leilão de arte e cuja renda será repassada integralmente para o Grupo de Apoio à Criança com Câncer (GACC). O leilão ocorrerá no dia 25 de maio, às 18h30, no Hotel Portobello, na Avenida Oceânica, em Ondina. O presidente da Câmara, vereador Pedro Godinho (PMDB), abraçou a causa e convida a todos para participar. 
Para dar dinâmica ao leilão beneficente, as peças foram divididas em 32 lotes, com três obras em cada lote. O lance inicial varia entre R$ 500 e R$ 1.000. Entendendo a ação solidária da Câmara, os 91 artistas plásticos, em sua maioria baianos, doaram as obras tendo a certeza do sucesso do evento. 
Dentre os artistas que doaram obras estão os feirenses Graça Ramos (Escada), César Romero (s/ titulo), Caetano Dias (s/ titulo) e Gil Mário (Flores), além dos baianos Luiz Jasmin (Sinhazinha do Recôncavo), Eliana Kertész (Palmira), Justino Marinho (sem título), Henrique Passos (Paisagem Praia de Saquarema), Viga Gordilho (Um outro Céu), Sante Scaldaferri (Homenagem a Goeldi), Carmen Penido (sem título), Adriano Castro (Favela da Gamboa) e Sérgio Rabinovitz (Jardim de Alá).
Também abraçaram o leilão em favor do GACC Ramiro Bernabó, Enock Silva, Carlos Augusto, Iêda Oliveira, Iury Sarmento, Guel, Vauluizo Bezerra, Carlos Rodrigues, Luiz Mario, Florival Oliveira, Joedson Martins, Maria das Neves, Lédna Barbeitos, Davi Nascimento, Marcio Lima, Juarez Paraíso, Márcia Magno, Gerson Jóias, Ruy Carvalho, Bel Borba, Carmem Penido, Lula Queiroz, Tércia Marques, Filinto DoCarmo, Chico Mazzoni e Calasans Neto.
Foi elaborado um catálogo com fotos e informações das pinturas, esculturas, xilogravuras, dentre outras técnicas que serão leiloadas. Mais informações podem ser obtidas no site oficial da instituição (http://gaccbahia.org.br/como-colaborar).

Museu de Arte da Bahia expõe Feirenses

   Foto: “Em defesa do São Francisco” de Gil Mário

Entre os vários espaços ocupados pelo Projeto “Circuito das Artes 2012”, destaca-se o Museu de Arte da Bahia (MAB) – um belo casarão localizado no Corredor da Vitoria, em Salvador. Entre os artistas em exposição neste privilegiado espaço das artes e da história da Bahia estão dois feirenses: Guache Marques e Gil Mário, além dos artistas baianos Antonello L’abbate, Carmen Penido, Chico Mazzoni, Eckemberg, Leonardo Celuque, Ligia Aguiar, Oscar Brasileiro e Sergio Rabinovitz.
O evento que chega a sua 5º edição, tendo como principais propostas mapear a produção recente no estado, estimular o fomento ao mercado artístico e aproximar o público dos espaços de arte e instituições culturais, engloba 120 artistas, de renomados a iniciantes, representados em 360 obras, espalhadas em 10 espaços, entre galerias e museus, com curadoria de Alejandra Muñoz e Vauluizo Bezerra e coordenação geral de Eneida Sanches. 

Espaço Cultural Gil Mário


                                                              Foto: Jairinho e Bianca Carneiro Proprietários do Unique Caffé Lounge 

O Unique Caffé Lounge homenageia um dos artistas da terra, nominando o Espaço Galeria Gil Mário.  Fato que deixou o artista e família lisonjeados com a iniciativa do proprietário Jairinho Carneiro, que também o presenteou com um exemplar do novo cardápio da casa.   Os quadros de Gil Mário, agora disponibilizados à venda, compõem a decoração deste simpático espaço onde circulam clientes e freqüentadores assíduos.
É a iniciativa privada complementando as ações públicas dos profissionais das artes visuais e de outras áreas da cultura na região. Outras ações desta natureza vêm brotando com sucesso através de instituições diversas, a exemplo do Hospital EMEC, ao planejar a inauguração da nova ala de apartamentos envolvendo obras de arte assinadas. O Restaurante Vivas, de propriedade de Ana Lybia e Iran, vem realizando exposições com artistas feirenses, como Luiz Gomes, Zito, Gil Mário e Rosalice Azevedo. A Loja Lorena, situada na Avenida Senhor dos Passos, surpreendeu o público da região unindo moda e artes visuais, com um belo desfile, onde a motivação foram obras de arte e as imagens dos quadros de Gil Mário em belas plotagens.
Desta forma, a idéia de profissionalismo tão esperada e almejada deixa aos poucos, o estigma de eternos amadores e vislumbra o status de profissionalismo reconhecido.

domingo, 6 de maio de 2012

quarta-feira, 2 de maio de 2012

sexta-feira, 30 de março de 2012

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

sábado, 14 de janeiro de 2012

Dificuldades e Descobertas nas Artes Visuais

           Foto: Primeiro superesportivo fabricado no Brasil e apresentado no Salão do Automóvel de 2010

Foto: Leonardo faz uma síntese do que aprendeu,ilustrando a situação relativa dos órgãos no interior do corpo e as suas inter-relações     
                
Nenhuma profissão deixou mais vestígios em todos os tempos para elucidação dos hábitos e costumes da humanidade do que as artes visuais. Uma profissão difícil e de demorado reconhecimento, instabilidade financeira no seu longo inicio de maturação e aceitação pelos observadores, devido à falta de hábitos e convivência com a cultura artística que não seja utilitária.
Refiro-me a arte utilitária como um processo palpável, atraente e incentivadora da aquisição de produtos comercializáveis no mercado consumidor. A exemplo da constante utilização do design dos automóveis, nos eletrodomésticos, na arquitetura de residências, na construção de pontes, no vestuário, nos adereços femininos, no mobiliário, etc.
O “O livro do Boni”, José Bonifacio Sobrinho, que estou lendo atualmente, me faz reforçar com mais coerência a esta teoria, pois a utilização das artes visuais como produto de incentivar vendas no mercado consumidor através das agencias de propagandas, verdadeiras fábricas de criatividade artísticas utilitárias e direcionadas para o incentivo ao consumo, fogem as dificuldades do artista da arte pura (arte pela arte), pois produzem riqueza para os que se destacam no mercado.
Deixando o sucesso financeiro dos utilitários, as habilidades artísticas proporcionaram a humanidade verdadeiras fontes de conhecimentos da sua existência, mais do que qualquer outra ciência, se é que podemos chamar de ciência as pesquisas arqueologias nas cavernas através de vestígios pré-históricos baseados em desenhos registrados por humanos daquele período.
Antes do advento da escrita, as descobertas egípcias desvendaram acontecimentos existentes há mais de cinco mil anos, trazendo a tona grande parte da existência humana contidas em objetos de arte com os mais diversos fins: desde objetos utilitários a religiosos, culminando com a difícil arte da construção das pirâmides.
Portanto, as artes visuais estão em todos os momentos da civilização humana. Até na medicina Leonardo Da Vince fez incursões ao dissecar cadáveres para estudar o movimento dos músculos em um período que poderia ser queimado na fogueira como prática de bruxaria.
É este profissional, feito cientista, que obrigatoriamente tem que estar à frente do seu tempo para justificar sua função artística. Os conceitos motivadores para o atual processo criativo muitas vezes dificultam o entendimento do leigo no assunto, levando a críticas descabidas ou simplesmente desencontradas do tempo atual. Nem sempre a arte conceitual na contemporaneidade é verdadeira ou absoluta. Com a rapidez dos novos tempos os conceitos do belo artístico mudam tão rápido que os estilos deixaram de marcar época, Apenas registram momentos.
É esta profissão do inédito, dos novos padrões e conceitos, hoje produzindo arte pura, sem necessariamente registrar explicações, mais com intenso rigor na aceitação do seu produto, levando longo período de sua existência entre exposições, salões, bienais, premiações, até aceitação da sociedade em que vive e ainda esbarra no preconceito dos valores da comercialização como se os múltiplos possam ser comparados com peças únicas.










quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Feira de Santana é a cidade do presente e com um futuro de realizações

Foto: A fisioterapeuta Catarina Simões Menezes


Na véspera da passagem do ano – 2012 - almoçava no restaurante Ki Muqueca, uma das melhores moquecas de camarão do Estado da Bahia, com atenção especial do metre Jonas, quando Zé Coió afirmou: rapaz pensei que você estivesse de férias em Miami, imediatamente respondi que minha Miami é Feira de Santana.
O fato é que não faço viagens para fazer compras e se fosse viajar para o exterior escolheria Roma, Espanha e Paris. O meu perfil está mais ligado a gastronomia, história geral, museus, teatros, além de vontade de assistir a apresentação de uma ópera tradicional.
Mais o foco é Feira de Santana, uma cidade que agrega brasileiros de todos os estados nordestinos e outras plagas. Aqui emigrantes se apaixonam e vivenciam cada momento da cidade, que progride a olhos nus. Um shopping como o Boulevard de Edson Piaggio, uma avenida como a Getúlio Vargas se transformando em belo shopping a céu aberto, restaurantes para todas as idades e classes sociais como o Vivas de Iran e Ana Lybia, o Unique Caffé Lounge, para um fim de tarde com os amigos Jairinho e Bianca, além do Clube do Wisky e o tradicional almoço das sextas-feiras. Um almoço predominando carnes no Nova Brasa de Washington e Elissandra. O Mariposa do artista plástico Luiz Gomes. A juventude freqüenta o The King, de Zé Coió e Nengo.
A modernidade chega exigindo saúde e beleza e as academias de ginástica se proliferam para contemplar todas as idade e exigências como a prática de Pilates com Catarina Simões Menezes (fisioterapeuta requisitada). A demonstração de status reflete no padrão dos automóveis e camionetes de última geração, com representantes de todas as grandes marcas do mundo. A procura constante por residências classe “A”, que após lançamentos dos imóveis são totalmente adquiridos. Meus amigos Antonio Alencar e Alexandre Ottan que o digam.
A imprensa falada, escrita e televisiva é extremamente ativa e formada por queridos colegas e amigos. O Jornal Folha do Estado, informando a população com noticias diárias e colunas especializadas em arte e cultura. Este ano concedeu o Prêmio Folha do Estado a personalidades e empresários de sucesso.
A cidade permite a todo o momento encontrar amigos e profissionais que dispensam atenção especial. Recentemente conversando com o publicitário André Mascarenhas da Arte Capital, ele concordou, que Feira de Santana é a cidade que escolhemos para viver, mesmo que viagens a passeio sejam bem vindas.Temos Universidades para todos os anseios dos nossos filhos, apesar da pouca dedicação das mesmas ao não privilegiar os moradores da cidade. Um desinteresse que talvez seja em decorrência do grande numero de professores recém chegados de outros estados.
Os intelectuais desfrutam de varias academias: Educação, presidida pela professora Anaci Paim, Letras e Artes, pela professora Lélia Vítor Fernandes, Feirense de Letras por Eduardo Kruschewsky, o Instituto Histórico e Geográfico, presidido por Nantes Belas Vieira e muitas outras.
Quem define bem este amor inconteste por Feira de Santana é o nosso amigo, o intelectual cidadão do mundo, professor Edivaldo Boaventura, representando Feira e o Brasil como um todo, na Academia de Letras e no Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, na Academia Brasileira de Educação e da academia Portuguesa da História. Portanto transitando com maior desembaraço por vários campos do saber centralizados no estudo humano. Por amor a sua cidade natal, ele estabeleceu que o planeta é dividido em dois: “o território de Feira de Santana,e o resto do mundo” .
Esta é uma cidade de muitos amigos e pouquíssimos desafetos, e meu avô, deputado Áureo Filho, dizia: “quem não têm inimigos é por que não toma posições definidas”. E assim Feira de Santana do ex-vereador Alberto Oliveira que empresta o seu nome ao estádio Jóia da Princesa, vem se constituindo uma verdadeira paixão pelos seus moradores.