quarta-feira, 15 de junho de 2011

segunda-feira, 6 de junho de 2011

UEFS 35 Anos: Uma Construção Coletiva



Foto: Sra. Marisa Queiroz, esposa do homenageado Fernando Pinto de Queiroz e o Reitor José Carlos Barreto

É motivo de orgulho para qualquer professor, funcionário ou aluno, lembrar que fizeram parte da implantação da UEFS, participando da primeira aula inaugural proferida em 1976, graças ao Decreto 77496, publicado no Diário Oficial da União do dia 27 de abril, autorizando o funcionamento da nova instituição de ensino. Eu, Gil Mário de Oliveira Menezes e vários membros da minha família sentimos orgulho deste grande momento para Feira de Santana.
Reporto-me há 1969, quando o Dr. Geraldo Leite teve oficialmente a satisfação de ver publicado no diário oficial de 29 de novembro, o Decreto 21583, dispondo sobre a instalação da FUFS. Era governador do Estado da Bahia, Dr. Luiz Viana Filho. O aludido decreto no seu artigo 4, constituía uma comissão composta pelo Sr. Joaquim Vieira de Azevedo Coutinho Neto (representante da Secretaria de Educação do Estado da Bahia), Geraldo Leite e a professora Maria Cristina de Oliveira Menezes (primeira professora engajada neste processo de implantação da FUFS, fazendo parte da Comissão de Implantação, bem como do Conselho Diretor durante os dez anos da existência do órgão.
No dia 27 de abril de 1970, o então Governador Luiz Viana Filho nomeou o primeiro Conselho diretor constituído por: Áureo de Oliveira Filho, Edivaldo Machado Boaventura, Fernando Pinto de Queiroz, Geraldo Leite, José Maria Nunes Marques, Wilson da Costa Falcão e Yeda Barradas Carneiro. Logo após a instalação, Áureo Filho e Wilson Falcão renunciaram por ser candidatos a Assembléia Legislativa. Para as vagas, foram convocados os suplentes, Maria Cristina Menezes e Jorge Leal.
O mandato do Presidente da Fundação era de dois anos, permitida a recondução, por isso Geraldo Leite ficou por dez anos, até 1979, quando renunciou. Em 26 de janeiro de 1976, o Conselho Federal de Educação aprovou autorização para o funcionamento da Universidade ficando o dia 31 de maio como o início do ano letivo e instalação da UEFS.
O Decreto de Nomeação do Primeiro Reitor, em 1976, trazia o nome de Geraldo Leite: “Aquela manhã de sol, que nem parecia inverno, dividiu a história da cidade em duas fases: antes e depois de 31 de maio de 1976. Nascia a UEFS como um sol a iluminar a princesa do sertão”.
Na solenidade de inauguração, o Governador do Estado da Bahia, Roberto Santos, Ex-Governadores Luiz Viana e Antonio Carlos Magalhães, além de grande número de autoridades, professores e funcionários festejaram esta grande iniciativa.
Em função deste esforço realizado para a criação da Universidade, os professores empossados em 1969 (por tanto, a quarenta e dois anos) já mereciam o importante título de Professor Emérito. É uma homenagem que a universidade está a dever. Aliás, não são só estes dois professores merecedores desta honraria outros igualmente merecem estarem nesta importante lista de destaques. As homenagens em vida são as verdadeiras. “Em matéria de história e de justiça a verdade esta sempre em marcha e nunca falha”, mas pode chegar tardia como no caso do Dr. Fernando Pinto.
Quero aproveitar esta coluna para destacar os reitores desta Universidade por ordem de seus períodos de trabalho pelo engrandecimento da educação e cultura da cidade de Feira de Santana: Geraldo Leite, José Maria Nunes Marques, Yara Maria Cunha Pires, José das Silva Mello, Anaci Bispo Paim, José Onofre Gurjão Boavista da Cunha, José Carlos Barreto de Santana.
Destaco neste momento que Luiz Viana quando recebeu Geraldo Leite e o deputado Wilson Falcão pleiteando uma Faculdade (a idéia inicial) trazida pelos mesmos indicou que o povo de Feira merecia uma Universidade, a partir de então a classe política baiana da época, teve destaque indispensável nestes processos. Deputados, governadores e prefeitos como João Durval Carneiro se uniram aos idealizadores e seus sonhos de Universidade. Sem esta união nada seria possível. Negar estes fatos é não reconhecer o grande numero de abnegados cidadãos que trabalharam sem honorários durante os dez anos que antecederam a inauguração da UEFS...
Uma das histórias mais completas e documentadas destes fatos está no livro Reminiscências de Geraldo Leite.
E assim, a cidade de Sant’Anna deixa de ser do “Ciclo do Couro” e “Entreposto Comercial” e passa a brilhar com atual vocação de Cidade Universitária pela intensa proliferação de instituições de ensino superior.