Mário Cravo Jr. na Paulo Darzé
Foto:
Escultura em madeira de Mário Cravo Jr, a exemplo das famosas Carrancas do São
Francisco
Foto: Pintura sobre tela de Gil Mário, inspirada no trabalho de Mario Cravo (acervo da CDL de Feira de Santana.)
Um
ícone das décadas de 40 e 50, referência para artistas visuais dos períodos de
1960 e 1970, Mario Cravo Jr. da excepcional escultura de Antônio Conselheiro
plantada no jardim frontal do grande Teatro Castro Alves e o Monumento à Cidade
da Bahia, localizado na cidade baixa, próximo ao Elevador Lacerda, um cartão
postal da cidade.
Conhecido
internacionalmente, Mario Cravo chega aos 90 anos como o maior expoente da
Modernidade baiana. A Galeria Paulo Darzé, ao abrir nesta sexta-feira, dia 26,
a exposição de obras recentes do artista, demonstra respeito e experiência
estética pela história recente da terra.
Ao
contrario dos colegas modernistas que fixaram sua criatividade prioritariamente
na pintura de cavalete, Cravo procurou incessantemente por novos materiais e
conceitos. Esta vitalidade e ímpeto constante, transforma sua pesquisa em arte
contemporânea rompendo com o modernismo dos anos 40 e projeta sua produção
artística além dos anos de 2013.
Na
Paulo Darzé vão encontrar uma grande diversidade de materiais na composição das
obras, assim como ferro, cobre, madeira, latão, aço inox e pedra grafite. “A
cada novo elemento desafio, parece ser este o lema ao ver os trabalhos que
estão expostos nesta mostra que a Paulo Darzé Galeria de Arte realiza em homenagem
aos seus 90 anos, e, também na história da arte brasileira, um dos pioneiros da
arte moderna na Bahia e um dos grandes artistas do século 20”.
Mario
Cravo nasceu em Salvador, Bahia, filho de Mario da Silva Cravo e Marina Jorge
Cravo, prósperos fazendeiros e comerciantes, o que permitiu tranquilidade e
possibilidades para conhecer o mundo das artes visuais. Em 1948 manteve atelier
em Nova York. De volta a Salvador faz parte do grupo de jovens artistas, como
Carlos Bastos, Genaro de Carvalho, Carybé, Jenner Augusto e Ruben Valentin.
Entre 1980 e 1983 constrói o “Cristo Crucificado” de 15 metros de altura e 12
metros de largura para a cidade de Vitória da Conquista e no mesmo ano expõe em
Zurique na Suíça.
Além
dos artistas citados do início da carreira de Cravo, incluiria os ilustradores
de Jorge Amado: Floriano Teixeira (um dos maiores desenhistas já aportados na
Bahia), Calazans Neto e Sante Scaldaferri.
Aproveito
este espaço para demonstrar a influência de Mário Cravo no meu trabalho em
determinado período. A exemplo da escultura do artista em madeira, que ilustra
esta coluna, serviu de partida para elaboração do quadro de minha autoria “Carrancas
do São Francisco”, hoje no acervo da CDL – Câmara dos Dirigentes Lojistas de
Feira de Santana.
Os
interessados em comprovar a qualidade dos trabalhos de Mario Cravo, não pode
desprezar esta oportunidade, até 25 de maio de 2013, na Paulo Darzé Galeria de
Arte.
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