domingo, 7 de fevereiro de 2010

VIAGEM MÁGICA PELAS CORES


Um dos mais importantes artistas plásticos de Feira de Santana e da Bahia na atualidade, Gil Mário de Oliveira Menezes apresenta, no Museu de Arte Contemporânea, uma viagem mágica pelo mundo das cores, que se justapõem em formas, tons e sugestões, compondo uma harmoniosa poesia, que encanta e seduz. A exposição no MAC, que foi estruturado especialmente para receber os trabalhos do artista, vai ocupar três espaços distintos, cada um explorando uma temática ou uma fase da sua trajetória.
Na primeira sala, Gil apresenta vinte telas que fazem uma retrospectiva da sua premiada carreira, mostrando a evolução do artista que trabalha as cores com maestria, sugerindo sutilmente incursões surrealistas. Os tons suaves dos primeiros anos e as formas que vão ganhando consistência com o tempo e amadurecimento do artista são os destaques.
Na segunda sala, com emoção e sensibilidade, Gil descobre a riqueza, a beleza e a dramaticidade do folclore baiano. São também vinte telas com detalhes estéticos da cultura popular, trabalhada cuidadosamente, nas figuras do vaqueiro e outros personagens típicos, dos folguedos, como bumba-meu-boi, terno de reis, reisados, a Festa de Santana, onde o sagrado, o profano e o ingênuo se unem e interagem. Também está presente o universo lúdico das brincadeiras, o pião rodopiando e a pipa flanando solta pelos ares.
Na terceira sala, Gil expõe a fase atual, brindando o público com intencionais imprecisões formais, com jogo de cores, sugerindo sensações e formas a depender da leitura de cada um. A natureza é a sua fonte de inspiração, em toda a sua explosão de vida, fertilidade e exuberância. "Pinto a vida", costuma afirmar o artista. E a vida está presente, em nuances sutis, em tons que oram se contrapõem, ora se harmonizam e se diluem, em formas e cores.
A exposição de Gil Mário é mais um exemplo da vontade política da Prefeitura de Feira de Santana, através da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer, em estimular a arte em suas diversas linguagens, porque entende que cultura é elemento de identidade de um povo e valorização da cidadania.
José Ronaldo de Carvalho/ Feira de Santana, 2002

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