Na realidade um
intelectual do mundo globalizado, referência ao caráter e a carreira, aos atos
públicos e privados, “às qualidades e aos defeitos e, fortuna póstuma, educação
moral e outros qualitativos”. Segundo Norberto Bobbio: ”(...) afinal, somos
aquilo que pensamos, amamos, realizamos. E eu acrescentaria: somos aquilo que
lembramos. Além dos afetos que alimentamos, a nossa riqueza são os pensamentos
que pensamos, as ações que cumprimos, as lembranças que conservamos e não
deixamos apagar e das quais somos o único guardião . Que nos seja permitido
viver enquanto as lembranças não nos abandonarem e enquanto, de nossa parte,
pudermos nos entregar a ela”. Desta forma viveu e faleceu Professor Edvaldo,
aos 84 anos, escritor e professor da Universidade Federal da Bahia (Ufba),
Bacharel em direito e ciências sociais,
pela UFBA, mestre e Ph.D. em educação
pela Universidade Estadual da Pensilvânia State University
(EUA). Em 1996, ele assumiu a direção geral Jornal A Tarde e ocupava a cadeira 39 da Academia de Letras da
Bahia (ALB), desde 1971.Edvaldo Boaventura foi secretário de Educação e Cultura
da Bahia, por duas vezes, a primeira entre 1970 e 1971 e a outra entre 1983 e
1987. Presidiu a Academia de Letras da Bahia, e a trajetória de Educador foi
reconhecida pelo governo de Portugal, sendo condecorado com a Ordem da
Instituição Pública no Grau de Comendador, pelos serviços prestados à educação
e cultura nos dois países de língua portuguesa.
Várias
autoridades lamentaram o falecimento do professor, o governador da Bahia Rui
Costa, prefeito ACM Neto, Fernando Guerreiro Presidente da Fundação Gregório de
Matos, Léo Prates Presidente da Câmara de Vereadores de Salvador, Walter
Pinheiro secretário da Educação da Bahia, entre muitos outros. O prefeito
Colbert Martins Filho decretou luto oficial de três dias, no Município, em
virtude da morte do feirense Edivaldo Machado Boaventura. “Feira de Santana
perde um filho talentoso e muito querido, uma das nossas maiores personalidades,
sem dúvida. A Bahia e o Brasil deixam de contar com um dedicado e competente
educador, homem das letras, íntegro em toda a sua trajetória de vida pública”.
Para
mim e minha família foi um privilegio participar do convívio do professor Edivaldo,
desde o tempo de faculdade, onde minha tia Maria Lúcia Oliveira Angeiras, a
prima Maria José Oliveira (Beica), os amigos Antônio Navarro, o ex-deputado e
Secretário de Educação Romulo Galvão, ex-deputado Eliel Martins, todos colegas
da UFBA, de 1959. Meus pais Gilberto Menezes e Maria Cristina Menezes, eu e
Ligia tínhamos orgulho da sua amizade.
Edivaldo
Boaventura deixa esposa Solange do Rego Boaventura, a filha Lídia, o cantor e
ator Daniel e quatro netos. Era pai de Pedro Augusto, já falecido. Aqui está o homem que considerava a existência
de “Feira de Santana e o resto do mundo”. Amigos estão consternados com o
falecimento inesperado. Aproveito para externar meus sentimentos a família do
querido amigo.
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