sábado, 14 de janeiro de 2012

Dificuldades e Descobertas nas Artes Visuais

           Foto: Primeiro superesportivo fabricado no Brasil e apresentado no Salão do Automóvel de 2010

Foto: Leonardo faz uma síntese do que aprendeu,ilustrando a situação relativa dos órgãos no interior do corpo e as suas inter-relações     
                
Nenhuma profissão deixou mais vestígios em todos os tempos para elucidação dos hábitos e costumes da humanidade do que as artes visuais. Uma profissão difícil e de demorado reconhecimento, instabilidade financeira no seu longo inicio de maturação e aceitação pelos observadores, devido à falta de hábitos e convivência com a cultura artística que não seja utilitária.
Refiro-me a arte utilitária como um processo palpável, atraente e incentivadora da aquisição de produtos comercializáveis no mercado consumidor. A exemplo da constante utilização do design dos automóveis, nos eletrodomésticos, na arquitetura de residências, na construção de pontes, no vestuário, nos adereços femininos, no mobiliário, etc.
O “O livro do Boni”, José Bonifacio Sobrinho, que estou lendo atualmente, me faz reforçar com mais coerência a esta teoria, pois a utilização das artes visuais como produto de incentivar vendas no mercado consumidor através das agencias de propagandas, verdadeiras fábricas de criatividade artísticas utilitárias e direcionadas para o incentivo ao consumo, fogem as dificuldades do artista da arte pura (arte pela arte), pois produzem riqueza para os que se destacam no mercado.
Deixando o sucesso financeiro dos utilitários, as habilidades artísticas proporcionaram a humanidade verdadeiras fontes de conhecimentos da sua existência, mais do que qualquer outra ciência, se é que podemos chamar de ciência as pesquisas arqueologias nas cavernas através de vestígios pré-históricos baseados em desenhos registrados por humanos daquele período.
Antes do advento da escrita, as descobertas egípcias desvendaram acontecimentos existentes há mais de cinco mil anos, trazendo a tona grande parte da existência humana contidas em objetos de arte com os mais diversos fins: desde objetos utilitários a religiosos, culminando com a difícil arte da construção das pirâmides.
Portanto, as artes visuais estão em todos os momentos da civilização humana. Até na medicina Leonardo Da Vince fez incursões ao dissecar cadáveres para estudar o movimento dos músculos em um período que poderia ser queimado na fogueira como prática de bruxaria.
É este profissional, feito cientista, que obrigatoriamente tem que estar à frente do seu tempo para justificar sua função artística. Os conceitos motivadores para o atual processo criativo muitas vezes dificultam o entendimento do leigo no assunto, levando a críticas descabidas ou simplesmente desencontradas do tempo atual. Nem sempre a arte conceitual na contemporaneidade é verdadeira ou absoluta. Com a rapidez dos novos tempos os conceitos do belo artístico mudam tão rápido que os estilos deixaram de marcar época, Apenas registram momentos.
É esta profissão do inédito, dos novos padrões e conceitos, hoje produzindo arte pura, sem necessariamente registrar explicações, mais com intenso rigor na aceitação do seu produto, levando longo período de sua existência entre exposições, salões, bienais, premiações, até aceitação da sociedade em que vive e ainda esbarra no preconceito dos valores da comercialização como se os múltiplos possam ser comparados com peças únicas.










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