terça-feira, 2 de março de 2010

O AFRO-BRASILEIRO NA PINTURA DE GIL MÁRIO


O artista plástico Gil Mário vem apresentando nas últimas exposições individuais, coleções temáticas por sugestões de galeristas, ou por necessidade de materializar o resultado das pesquisas envolvendo religiosida-de, forma, criatividade com característica própria e inédita.
Gil evolui, a cada conjunto apresentado, surpreendendo a crítica e destacando-se quando concorre a sele-ções públicas, como no caso da Caixa Cultural em Salvador, e agora em São Paulo-SP, na próxima exposição individual de número 21, além das 82 coletivas, sem fugir da maneira peculiar da abstração formal, a qual vem pontilhando sua criação pictórica.
Os projetos da Caixa Cultural são pleiteados por mais de mil artistas por espaço. De certa forma, os contem-plados são duplamente valorizados: pela intensa busca de seus concorrentes e pelo reduzidíssimo número de artistas selecionados.
Esta exposição que será realizada na Caixa Cultural, consta de 25 trabalhos distribuídos em telas de 50x50cm até 100x100cm, demonstrando o amadurecimento da criação plástica do artista, onde revela versatilidade e profusão de movimentos no colorido preferencial, envolvendo simbologias do sincretismo religioso afro-brasileiro, de maneira pós-modernista e sem o estereotipo das figuras tradicionais do Candomblé baiano. Certamente, marcará o estilo de maneira madura de um artista que versou sobre inúmeros temas durante seus 31 anos de exposições, o que poderia até, ter dificultado a identidade artística de sua obra.
Gil Mário tem sua base de produção “Atelier” em Feira de Santana, onde reside há 50 anos. Sendo um a-mante da cultura na cidade, tornou-se fundador do Instituto Histórico e Geográfico como membro do Con-selho Fiscal e da Academia de Letras e Artes. Dirige o Museu Regional de Arte e em 2005 recebeu o título de Ordem Municipal do Mérito de Feira de Santana, como membro regular, na classe de Oficial. É professor titular da Universidade Estadual de Feira de Santana desde a sua fundação em 1976.
Este é o momento de um incansável batalhador cultural, quando se refere à valorização das artes plásticas em Feira e no estado da Bahia.
LÍGIA MOTTA
Crítica de Arte do Jornal Folha do Estado da Bahia
Feira de Santana/2006

Um comentário:

  1. muito interessante mas eu queria mesmo era achar um site com as informações completas sobre o artista Gil Mário que pra mim ta muito difícil de encontrar!!!!

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