Foto:
Máscara do século XIV para proteção da peste Bubônica
Feira
de Santana é, sem duvida, uma grande cidade. Suas largas e pujantes avenidas
dividem a cidade promovendo entendimento de trajetória: Avenida Getúlio Vargas
e Presidente Dutra que são cortadas pela Avenida Senhor dos Passos e Avenida
Maria Quitéria.
Ruy
Barbosa apelidou Feira de Princesa do Sertão. Na realidade é o Portal do Sertão.
Bem sucedida no comércio, chega a ser a 33ª ou 34ª maior do país. Apaixonando
seus moradores, sua temperatura ultrapassa com facilidade os 22°C e beira os
38°C com frequência. No entanto, a progressão do clima que tanto preocupa
governos e cientistas no mundo todo com aumento de frequência de terremotos,
furacões, temporais, emanações toxicas como o carbono, vulcões e tsunamis entre
outras reações da natureza, passam ao largo de nossa cidade e seguem para
outros rincões.
Segundo
David Wallace-Well, autor do
livro “A terra inabitável” revela que o serviço de Levantamento Geológico dos Estados
Unidos – longe de ser um reduto de alarmismo, testou recentemente um cenário
climático extremo, onde tempestades de inverno atingiram a Califórnia
produzindo inundações de quinhentos quilômetros de extensão e mais de trinta
quilômetros de largura.
Em
2016, o celebre acordo climático de Paris, conclamou pelas nações do mundo para
não permitirem que o clima atinja os 2°C. A raça humana corre o risco de
extinção por ações predatórias – agressões à natureza conhecidas por
ecologistas e cientistas.
Pesquisadores
falam da existência de vírus pré-históricos retidos nas calotas polares. O
degelo pode liberar uma tragédia e nem sempre descobrimos sua origem. Em 2018,
Paul M. Romer ganhou o Prêmio Nobel compartilhado com William D. Nordhaus que
foi pioneiro no estudo do impacto econômico da mudança climática. O sofrimento
da humanidade estava previsto em decorrência do clima ou dos desconhecidos vírus.
Ninguém
previu um desastre econômico e humano tão destruidor causado por agentes
invisíveis – coronavírus – Covid 19 – de nível global só comparado com a peste Bubônica,
mesmo considerando a evolução dos tempos.
No século XIV, entre 1346 e 1353 a peste
Negra ou peste Bubônica devastou um terço da população do planeta. Só na Europa
60% da população morreu. Dizem que veio
dos genoveses, depois da guerra com os mongóis, viajando nos ratos e pulgas.
Entre outras, a gripe Espanhola, Ebola com histórico semelhante quanto ao
desconhecimento do controle. Agora em 2020, a pandemia do novo coronavirus - Covid 19, que não tem nenhum estudo
recente de combate, com reposta cientifica comprovada.
Como é uma guerra global onde o inimigo comum
é o vírus Covid 19, as nações não se digladiam entre si. Todos unidos em busca
das drogas ou vacina que barrem este desastre. Entre as respostas no fundo do
túnel a hidroxicloroquina ou associada com azitromicina
tem tido resposta favorável (sem confirmação cientifica).
A circulação de vírus entre continentes, hoje
facilitado pelo transporte aéreo é conhecido por todos. Na antiguidade muito
mais lenta, navegadores portugueses espalharam as gripes e varíola para os
indígenas, em troca os índios devolveram para a Europa, à sífilis (bactéria Treponema pallidum).
Artistas da época como Gauguin, Vincent van Goghe
foram contaminados e Manet faleceu.
A pandemia do Covid 19 também acometeu a politica
de estados brasileiros, que não tinham visibilidade nacional e se aproveitaram
para praticar os hábitos de ditadura, autorizando ate a guarda municipal de
prender civis em áreas públicas. Uma verdadeira manifestação de prepotência,
esquecendo o objetivo global. Até o Papa Francisco pediu que os políticos
esquecessem seus partidos e pensasse no povo.
Por tanto epidemias devastadoras sempre perseguiram
a humanidade de tempos em tempos. Além das pandemias, McPherson supõe que algo
como uma crise de alimentos ou colapso financeiro destruirá a civilização
primeiro, e no fim, o pânico. Com tudo, ajudado por Deus, o homem sempre dá a
volta por cima.
Gil Mário
Artista
Visual
Membro do
Instituto Histórico e Geográfico de Feira de Santana